domingo, 6 de março de 2022

100 VAGAS


A gente vive nessa poça porque não da pra ser mar. A gente vive tanta coisa. Tanto pensamento pra falar, mas só me conto em gotas, que é pra aproveitar a dor. Toda minha. A enxurrada que verte pra dentro devia seguir pra algum lugar, mas ela não vira nada. O ônibus passou sem nome e seguiu vazio, igualzinho a gente na vitrine da vida. Não estou pronta pra escrever palavra, precisava perceber o que acontece ao redor. O meu raciocínio lógico segue atrofiado, assim sigo me oferecendo à lugares que não me querem. Seguimos juntos. Frustração devia resolver com relaxante, já que é dor muscular. Deve ter relação com o cimento no peito, do peito. Cimento ansioso.

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