sexta-feira, 24 de maio de 2013


São Paulo

Não podia ter sido mais paulistano. Não podia ter sido mais inusitado e mais simbólico
Andando despreocupadamente, deixei que a garoa caísse sem reação, se não aproveitar a delicia da sensação,  fato inédito na vida desta sua humilde amante.
Aproveitei a despedida como quem recebe um abraço de boas vindas. 
Gozei o momento.
Te aproveitei em todos os momentos. Com amor e fúria.
Te amei tanto, te amo.
Amo tanto que te engulo, te absorvo, te consumo
Me consumo
com tudo isso e todos estes
Absorvo todos os amores, todas as loucuras e com naturalidade a ânsia compartilhada
No seu processo seu concreto fez dura demais a simplicidade que parecia ser ser
Estou tantas, que entrelaçadas se abraçam, se agridem, sabotam, variando de acordo com a cor do céu e a temperatura
Agora já não comporto.
 Uma história em cada esquina, que pela mão, vem me mostrar  701A.
No trajeto longo sempre passo pelo prédio com meu nome, e com o meu tamanho. 
Hoje foi diferente.  Vi que não sou feita disso, e por isso não posso mais me embriagar . 
No excesso dessa ira, na lira paulistana que sou, já não comporto todas as pessoas em que estou.
 Então vou. Expandir pra poder somar.
Me afogando de você emergi, e levarei comigo só o que for bom, só o que for meu. Você vai junto, não por que eu te leve aos pedaços, mas por que pequenas de suas pedras fazem parte desta edificação.
Hoje já é diferente, vou absorver outra sensação. 

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