segunda-feira, 3 de junho de 2013



Liz

Sentimentos não reconhecem limites geográficos, barreiras lingüísticas ou diferenças culturais.
Na ultima sexta-feira passei horas em uma linda cachoeira, com uma brasileira de coração, americana de filiação e com um português quase inexistente. Por incrível que pareça foram horas de conversa e pleno entendimento. Talvez seja a sensibilidade, ou a afinidade natural que aproxima pessoas  de língua e lugares tão diferentes.
Sai da cachoeira leve pela beleza do lugar e pela delicia do banho que lavou a alma.
Sai leve por compartilhar um pouco de mim, e do que conheço, com uma estranham conhecida cheia de luz.
Sai leve, levando um bocado de bom aprendizado, de vida...e de inglês.


E por falar em falar muito...

Sábado sai da comunidade e fui Pra Itacaré, ficar o fim de semana com o pessoal do Buddy's Hostel. Laissa, uma fofa sempre, Pedro e o Caue. Compareci ao meu primeiro evento na cidade, o primeiro brinde de boas vindas a minha chegada aconteceu no Sound System Trabalhador Dub, projeto do Caue e cia, que ocupou  a praça das Mangueiras.
Foi ótimo, estava sentindo falta de uma movimentação, e principalmente de muita gente reunida.
Dancei, cantei, bebi e falei, literalmente horas. Aquela conversa ótima, sobre assuntos de suma importância, ou não, de mesa de bar, só que sem bar. Dançando ao livre, com ótima música Jamaicana ao fumo, digo ao fundo, contando e ouvindo muita, mais muita história.
Itacare reúne muitos sotaques, é imprecionante. Em nenhum momento da tarde/noite passei mais de dez minutos sem que estivesse na presença de baianos chilenos, baianos argentinos, franceses, baianos paulistas, pernambucanos, uruguaios e japonês, no singular. Ele era o único representante oriental. Mas esta representando muito bem...a cultura brasileira, por que a oriental mesmo, deve estar muito bem guardada. Foi o único Angoleiro que conheci por aqui,e ja rodou boa parte do país, vadiando. Calma, não to chamando o rapaz de vagabundo. Vadiar é um termo que faz parte da linguagem da capoeira angola mimha gente! E fiquei feliz da vida naquela conversa, por ter encontrado alguem com quem jogar.
E a partir daí foram vários encontros. Encontrei com quem beber, com quem surfar( se um dia isto se tornar possível), com quem dançar. Encontrei até com quem morar. Uma menina super gente boa, paulista-baiana, em Itacaré ha nove anos, Fernanda, me deu varias dicas e me contou muitas coisas sobre o rolê local. E me ofereceu um quarto para alugar em sua casa.
E foi assim, uma noite de música, prosas, várias línguas, cerveja e alegria.
Viva os encontros!

Nenhum comentário:

Postar um comentário